Entrevista com Maria Bortolini
Outra pessoa importante
é dona Maria Bortolini, que foi servente por 30 anos, iniciou seu trabalho em
1966. A situação em que precisava trabalhar era precária, lavava a louça em
cima do poço que fornecia água para escola (fez isso por 12 anos), pois não
tinha uma cozinha própria e nem o refeitório, os lanches eram servidos no salão
da comunidade, onde parte dos alunos estudavam, por falta de espaço no prédio
da escola. Após isso a escola foi reformada, mas mesmo assim ainda existiam
dificuldades, ela conta que era muito difícil cozinhar alguns alimentos que
eram disponibilizados para o lanche e que não havia liquidificador, batedeira e
nem nada do tipo. Ela ri lembrando que colocava as crianças em cima de um pano
e as puxava para lustrar o chão.
Apesar das
dificuldades, dona Maria sempre trabalhou com afinco, limpava, fazia a comida e
plantava na horta para os alunos venderem parte da plantação. Inclusive ficou
na escola mais dois anos além de sua aposentadoria para ajudar.
Além de trabalhar na
escola, ela também é moradora do bairro desde 1964 e nos conta sobre como era.
Ela diz que havia poucas família e apenas um comércio, que era um bar onde
tinha todos os mantimentos necessários. Todo mundo se conhecia e a convivência
sempre foi muito boa.